ENDOCRINOLOGIA

Responsável pela produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), que regulam o crescimento e o metabolismo do corpo, a glândula tireoide controla funções como os batimentos cardíacos, estados de humor, funcionamento do intestino e temperatura corporal. Portanto, todo cuidado com ela é pouco, porque estima-se que 50% da população adulta têm nódulos tireoideanos.
Para nossa sorte, entretanto, somente 5% dos nódulos tireoidianos são malignos. Embora seja três vezes mais frequente em mulheres, principalmente entre 25 e 65 anos, o câncer de tireoide ainda não tem causa definida e, muitas vezes, não apresenta sintomas.
Por isso, a endocrinologista Dra. Rosália Padovani alerta que é muito importante ficar atenta aos fatores de risco como: história familiar de câncer de tireoide, idade superior a 40 anos, tratamentos com radiação para a cabeça, pescoço ou tórax, especialmente na infância ou adolescência e, o aparecimento de um nódulo que esteja em rápido crescimento. Mas apresentar um fator de risco não significa necessariamente que você terá câncer de tireoide. Ainda assim, ter um nódulo de tireoide com qualquer um desses fatores de risco requer avaliação.
Prevenção acima de tudo
Para o auto exame da tireoide, Dra. Rosália orienta que é preciso ficar em frente ao espelho, inclinar a cabeça para trás, beber um pouco de água e observar se, ao engolir, a tireoide (localizada logo abaixo do pomo de adão) sobe e desce e se há aumento de saliência ou irregularidade nesta região. E, se houver dúvida, recomenda-se imediatamente procurar um endocrinologista.
Tratamentos disponíveis
O tratamento depende do tipo de câncer e o quanto ele se espalhou, mas entre os principais estão:
* Cirurgia: nela é retirada toda ou parte da glândula e, em alguns casos até os linfonodos próximos. Caso seja realizada tireoidectomia total, como não haverá mais a produção de hormônios endógena, será preciso tomar hormônio tireoideano para o resto de vida. Nos casos de tireoidectomia parcial ou lobectomia, algumas vezes o lobo tireoidiano que permaneceu, consegue suprir a necessidade hormonal sem que o paciente precise repor.
* Terapia com iodo radioativo: Este tratamento é complementar à cirurgia. Nesse procedimento, o paciente recebe determinada quantidade de iodo radioativo que visa destruir o tecido tireoidiano remanescente e tratar focos metastáticos que possam existir.
* Radiação externa: utilizada quando o tumor não pode ser totalmente ressecado ou com objetivo paliativo, para alívio da dor, em casos de metástase óssea.
* Quimioterapia: nela são administradas drogas para eliminar as células cancerosas. Especificamente para o tratamento do câncer de tireoide, é muito pouco utilizada por não apresentar resultados satisfatórios.
*Inibidores de tirosina quinase: uma nova linha de medicação. Utilizada para casos de câncer de tireoide em progressão e não mais responsivo ao iodo radioativo.
Hipotireoidismo e hipertireoidismo
Chamamos de hipotireoidismo quando a glândula não produz quantidade suficiente dos dois hormônios, e há como principais sintomas o cansaço, o ganho de peso, inchaço, queda de cabelo e unhas fracas. O hipertireoidismo, ao contrário, acontece quando os hormônios são produzidos em excesso. Entre os principais sintomas estão insônia, nervosismo, alteração de humor, irritabilidade, perda de peso e em alguns casos a exoftalmopatia (olhos saltados) e o bócio difuso (o aumento de volume da glândula tireoidiana). Neste caso, o tratamento pode ser a base de medicamento, terapia com iodo radioativo ou cirurgia.



FONTE https://vidasaudavel.gazetaesportiva.com/bem-estar/nodulo-de-tireoide-e-disfuncoes-tireoidianas/